segunda-feira , 6 maio 2024
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PC conclui inquérito sobre duplo homicídio ocorrido em Jaboticaba

A Polícia Civil (PC) de Jaboticaba finalizou nesta sexta-feira, 28, o inquérito que apurou as circunstâncias do duplo homicídio ocorrido na cidade em 16 de maio que vitimou o Comissário de Polícia Fabiano Ribeiro de Menezes e José Antonio Rocha Monteiro.

Os acusados – Rudinei Teles da Silva e Marcos de Moraes Antunes – foram indiciados pela prática de dois crimes de homicídio triplamente qualificado, além do indiciamento pelo porte ilegal de arma de fogo equiparada à de uso restrito. Nas qualificadoras, para a morte de José a polícia identificou motivo torpe (desavença política); meio que possa resultar perigo comum (disparos em um ambiente lotado de pessoas) e recurso que dificultou a defesa da vítima (disparo de inopino). Já com relação a morte de Fabiano, foram consideradas as qualificadoras de meio que possa resultar perigo comum; para assegurar a impunidade em relação a outro crime (homicídio de José) e por ser praticado contra agente de segurança (condição de policial civil da ativa).

De acordo com a PC não foi possível interrogar Marcos de Moraes Antunes e Rudinei Teles da Silva, vulgo Boca, acusados do crime. O primeiro que se reservou a permanecer em silêncio e o segundo por estar na condição de foragido. Entretanto, foi possível, por meio das câmeras de videomonitoramento do local e demais diligências de Polícia Judiciária verificar a conduta de cada indiciado, reconstituindo todos os eventos ocorridos na data do crime.

Apurou-se que Rudinei e a vítima José Antonio já possuíam desavenças em razão das últimas eleições municipais ocorridas no município vizinho de Boa Vista das Missões/RS, onde apoiaram candidatos de partidos políticos adversários. Essa desavença pré-existente, somada a uma nova discussão política ocorrida durante a tarde na parte externa do bar ambos, ensejou a busca por uma arma de fogo visando à prática do homicídio.

Marcos é atirador desportivo, possuindo registro de CAC (caçador, atirador e colecionador) junto ao Exército Brasileiro e amigo de Rudinei. Por essa razão foi o executor da ação, em razão da sua expertise no manuseio de armas de fogo. As investigações constataram que a arma usada no crime pertenceria a Rudinei e foi por ele alcançada para que Marcos realizasse a ação contra José Antonio.

A análise das câmeras do local, aliadas aos depoimentos coletados apontou que Marcos e Rudinei chegaram juntos no bar e ambos sabiam que o Comissário de Polícia Fabiano estava no estabelecimento naquele momento. A investigação apurou que Rudinei se posta próximo ao policial e observa a prática do primeiro homicídio contra José Antonio. Em seguida atua decisivamente no homicídio do Comissário de Polícia, dificultando a ação do agente policial, contribuindo de forma relevante para a sua morte.

Marcos encontra-se preso preventivamente pelo crime e Rudinei continua foragido, razão pela qual se representou pela conversão de sua prisão temporária já decretada em prisão preventiva.

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