Operação combate comércio de água mineral contaminada no RS

Foi deflagrada na manhã desta quinta-feira, 23 de junho, no Rio Grande do Sul uma operação contra uma empresa que comercializava água mineral contaminada com bactéria. A estimativa é que 932 milhões de litros do produto tenham sido comercializados desde janeiro de 2016.

São cumpridos três mandados de prisão e um de busca e apreensão em Progressoe Lajeado, no Vale do Taquari, e em Porto Alegre. Os três presos são dois sócios e um químico industrial da empresa. De acordo com a investigação, eles “fazem parte de um grupo criminoso que orquestrou a venda de água mineral com presença acima do permitido da bactéria Pseudomonas aeruginosa, coliformes totais, limo e mofo, além de partículas de sujeira.”

Os responsáveis pelas empresas continuaram com a produção e comercialização da água mesmo tendo conhecimento da contaminação, diz a investigação. A prova seriam lotes já envasados nos quais foi encontrada a bactéria. O organismo é responsável por diferentes tipos de infecções: urinárias, do sistema respiratório, da pele, oftalmológicas, entre outras, e é mais encontrado em ambientes hospitalares.

A Organização Mundial de Saúde estabelece que a água engarrafada para consumo humano deve ser totalmente livre de coliformes e Pseudomonas aeruginosa, devido à vulnerabilidade de crianças e idosos a esses microrganismos.

A ação é fruto de uma investigação conduzida pelo Ministério Público Estadual em parceria com outras entidades como Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), e secretarias de Saúde e da Fazenda. Uma indústria e um distribuidor de água mineral já vinham sendo investigado pela Receita Estadual por suspeita de sonegação de impostos.