Mais de duas mil pessoas participaram de forma virtual do Encontro Estadual de Mulheres, que ocorreu nesta segunda-feira, 8, Dia Internacional da Mulher. Promovido pela Emater/RS-Ascar, o evento foi mediado pela extensionista responsável pela Assistência Técnica e Extensão Rural e Social (Aters) a Mulheres Rurais e Juventude Rural, Clarice Emmel Bock, e abordou o tema “Os desafios e as alegrias de ser mulher: tecendo caminhos de (r)existência”.
A data foi homenageada pelo presidente da Emater/RS, Geraldo Sandri, e pelo secretário estadual da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), Covatti Filho, que representou o governador Eduardo Leite na abertura do evento. Eles ressaltaram as diversas atribuições das mulheres trabalhadoras rurais, empreendedoras, donas de casa, lideranças, agraciadas e reconhecidas. Para o secretário, a mulher gaúcha é guerreira e merece nossos aplausos. “Por isso estamos fortalecendo a Emater, para dar ferramentas para que as mulherem sigam contribuindo para a sociedade”, disse.
A apresentação foi de Joice Nielsson, que é doutora em Direitos Humanos e professora-pesquisadora do Programa de Pós-Graduação em Direito – Mestrado e Doutorado em Direitos Humanos – e do Curso de Graduação em Direito da Universidade Regional do Noroeste do RS, onde também é coordenadora da Pós-graduação Justiça Restaurativa e Mediação. Joice falou sobre os desafios da mulher na atualidade, destacando a importância da mulher sobreviver, mantendo cuidados com a saúde física e mental e dividindo as tarefas para evitar a sobrecarga de trabalho. Outra temática apresentada foi a violência contra a mulher. “Nenhuma mulher gosta de apanhar, mas devemos lembrar que nenhuma mulher está sozinha, pois há serviços de atendimento em casos de violência e as amigas, que não devem desistir de ajudar”, avalia, ao aconselhar “meta a colher”.
Fortalecer vínculos e (re)aprender a dialogar também foi outro desafio citado por Joice, que defende julgar menos e apoiar mais, “inclusive a nós mesmas”, ressaltou. “Não podemos enxergar outras mulheres como se estivéssemos competindo, mas lado a lado, termos mais alegrias e menos dificuldades”, e finalizou desafiando as mulheres a se olharem no espelho e se elogiarem, percebendo o quão especiais são. “Que a gente possa estender mais as mãos para nós mesmas, nos cobrar menos e perdoar mais. Nos olhar com mais amor e menos exigências”, concluiu.
ATERS PARA MULHERES
Tudo isso se dá através de encontros, reuniões, visitas, cursos, qualificações, dias de campo, palestras, enfim, muitas atividades são proporcionadas para as mulheres. “Mas por conta da pandemia e de não poder fazer reuniões de grupos nos anos de 2020 e também agora em 2021, as atividades estão sendo realizadas de forma virtual, por meio do WhatsApp, lives e redes sociais, estamos realizando esse trabalho para nunca deixar essas mulheres desassistidas e levar todas as informações que elas necessitam para se tornarem mais empoderadas”.