Dilma pode denunciar “golpe” na ONU em viagem a Nova Iorque

Como estratégia de defesa contra o processo de impeachment no Senado, a presidente Dilma Rousseff discutiu na terça-feira com auxiliares a possibilidade de utilizar a tribuna da Organização das Nações Unidas (ONU) para denunciar o

que chama de “golpe” contra seu mandato, durante a cerimônia de assinatura do Acordo de Paris sobre Mudança Climática, na sexta-feira, em Nova Iorque.

Na semana passada, a viagem dependia da não aprovação do processo de impeachment na Câmara. Com a derrota, a viagem foi suspensa, mas agora, com a estratégia de difundir a mensagem de ruptura institucional, a presidente voltou a discutir o assunto no Planalto, sem ainda uma decisão definitiva.

O chamado “escalão avançado” com seguranças e diplomatas que prepara a visita da chefe de Estado deve chegar a Nova Iorque nesta quinta-feira. A ida da comitiva de Dilma, no entanto, não significa que a viagem está definida. A ideia é que a presidente embarque na quinta-feira e volte no sábado. Em caso afirmativo, quem assume o cargo é o seu vice-presidente Michel Temer, a quem Dilma tem acusado de “traidor”, “golpista” e “conspirador”.